quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Captador Mendes: timbre definido para seu baixo


Henrique Inglez de Souza

Toda empresa e todo luthier sérios buscam o domínio do timbre em seus instrumentos. Esse desafio representa não somente a escolha perfeita da madeira e da construção, mas também ter uma parte elétrica eficiente e cuidadosamente desenvolvida.A Mendes Luthieria, em seus primórdios, utilizava um sistema composto pelo pré-amplificador da marca, o Original Master, e captação Seymour Duncan Bass Lines.“Quando começamos a construir contrabaixos, ainda não fazíamos captador. Então, escolhemos como padrão esse Seymour Duncan ativo”, conta Jean Mendes, que logo acabou direcionando a produção de sua companhia para a construção de contrabaixos.Enquanto esse processo ocorria, aumentava a ideia de que a Mendes Luthieria deveria oferecer modelos que carregassem a identidade sonora. “Sempre tive em mente que um luthier tinha que ser completo, e não como um alfaiate que não sabe fazer a barra! Ter nosso próprio captador era um sonho.”A vontade de desenvolver um captador próprio também era alimentada por algo que Jean Mendes costumava ouvir bastante: “Falavam que os luthiers eram ótimos na parte de madeira, mas de elétrica... deixavam a desejar”.

O projeto de um captador próprio saiu do papel em 2012. Aconteceu quando o baixista e professor pernambucano Joãozinho Souza encomendou um modelo. “Estávamos para fazer seu outro baixo”, lembra Jean. “Ele já usava o Sharp Bass – com captação Seymour Duncan e nosso pré-amp –, e lançou essa história de captação. Falou: ‘Você tem que fazer captador’.”

As instalações da Mendes Luthieria, na época, não tinham a estrutura para realizar os testes necessários, quando se trata de desenvolver captadores de alta qualidade. Porém, a insistência de Joãozinho foi tanta que Jean agarrou a ideia e encarou o desafio. Construiu uma máquina para enrolar bobinas e se debruçou em inúmeras pesquisas e experimentos.
Dedicou-se até finalmente chegar ao surpreendente e sonhado resultado: o captador passivo Mendes SB-6 para baixos de 6 cordas.
“Ele falava que o próximo baixo que faríamos viria com ‘captador Mendes’. Ô, homem de fé! Profeta! [risos]”, completa, com bom humor, o luthier. “Encontramos o padrão que temos hoje. Conseguimos definir nosso timbre, o som Mendes!”

Raio-X

Com invólucro feito a mão e em madeira, os captadores Mendes SB-6 são basicamente cerâmicos por se tratar de material extremamente resistente e de ser um imã moderno. O timbre resultante é forte, limpo, cristalino e moderno. “Sempre foi nosso caminho: o som de baixo moderno”, ressalta Jean Mendes.
Contando com sistema hum-cancelling, são duas bobinas combinadas trabalhando em split – não humbucking. Além disso, o Mendes SB-6 tem saída média para baixa, é blindado e sem polo aparente. 

“Conseguimos um captador com timbre extremamente claro, definido, com bom grave e baixíssimo ruído”, completa o luthier. “Arrisco a dizer que, na maioria dos casos (pelos menos em nossos baixos), é zero de ruído!”



Sabe aquela história do casamento perfeito? Pois é exatamente isso o que a Mendes Luthieria atingiu na combinação entre o pré-amplificador Original Master e o captador Mendes SB-6. “Um timbre superespecial, extremamente versátil e com zero de ruído. Você tem a sonoridade do single-coil, só que sem o ruído”, finaliza Jean.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Baixos ativos e passivos: quais as principais diferenças?


                                                                                                    Henrique Inglez de Souza

Qual é o melhor baixo, o ativo ou o passivo? Essa é uma pergunta recorrente, para a qual a resposta mais adequada seria algo como: os dois! Sim, e se você se espantou com isso, a explicação está no simples fato de que depende do gosto de cada um. Ambos têm qualidades e limitações.

Baixos Passivos

Esse é o tipo com o som considerado mais puro e definido. Reproduz exclusivamente o timbre resultante da combinação de seus componentes (como madeira e captadores, por exemplo) e de sua construção.
Seus controles regulam volume e tonalidade, costumeiramente um knob para cada. A perda de sinal e as variações de impedâncias de entrada de cada amplificador produzem pequenas diferenças no som. No mais, é um instrumento direto e sem mistérios quanto ao timbre.
O baixo passivo é tido como o mais tradicional, às vezes, até o jeito mais autêntico de se ter a sonoridade natural do instrumento”, explica Jean Mendes. “A captação funciona diretamente, sem qualquer aditivo ou correção na frequência. Trata-se de um projeto absolutamente simples.”
Mas o que esperar de um instrumento assim? “Em primeiro lugar”, continua o luthier, “uma boa captação, que, além de timbre orgânico, apresenta baixo ruído – o ruído é uma característica de captação passiva. Espera-se, ainda, uma construção de qualidade, tão essencial quando a parte elétrica.”



Baixos Ativos

A olho nu, diferenciamos ambos os tipos, por exemplo, pelo número de knobs, que é maior num ativo (normalmente regulam graves, médios e agudos). Porém, a principal característica de um baixo ativo está no pré-amplificador.
O pré-amp é um recurso composto por circuito eletrônico e potenciômetros. Para que funcione, precisa ser alimentado por uma bateria (9 volts ou 18 volts) – e, sim, quando a bateria se descarrega, o baixo para de funcionar!
Embutido, há um sistema de equalização de 2 bandas (graves e agudos) ou 3 bandas (graves, médios e agudos). Cada frequência predefinida conta com um potenciômetro dedicado à regulagem de ganho, cortando ou acrescentando (cut/boost).
A função do pré-amp é corrigir e/ou modelar o timbre. Por isso, o som do baixo ativo costuma ser mais artificializado, “pronto”, se comparado ao de um passivo. Além do alto ganho, os captadores ativos apresentam pouco índice de ruído (ou até nenhum ruído).
Dá para identificar três tipos básicos de configuração em baixos ativos:

- Captador ativo + circuito passivo de potenciômetros (volume e tonalidade)
- Captador ativo + pré-amplificador ativo (equalizador)
- Captador passivo + circuito ativo



A captação ativa, normalmente, é construída com ímãs cerâmicos. Tem em sua composição bobina e um circuito de pré-amp embutido, com regulagens fixas de timbragem (assim como o pré-amp, precisa de bateria).
Quando combinados captação ativa e pré-amp, ganha-se em opções de timbres. Ou seja, além dos aspectos do captador (alto ganho e baixo ruído), o instrumento conta com um sistema de equalização.
Também é possível encontrar versatilidade quando se mistura captação passiva com pré-amp – layout usado atualmente pela Mendes Luthieria. Na verdade, essa é a forma mais comum nos dias de hoje e a mais versátil, pois há um sem-número de captadores magnéticos para se escolher – cerâmico (ferrite), alnico, neodímio, samário cobalto.
Essa configuração possibilita uma gama considerável de sons e níveis de saída. Imagine, então, com ganho maior e ajuste de timbre. Outro recurso interessante dessa combinação (captação passiva+pré-amp) está na chave seletora de by-pass – a famosa chave ativo/passivo. Com ela, consegue-se, em um mesmo instrumento, tocar na versão ativa ou na passiva (desativando o pré-amp).
Há casos em que vemos o baixo ativo sem o circuito equalizador, só com captadores ativos. Hoje é raro, mas há configurações assim”, completa Jean Mendes.

Tem um tipo melhor, ou não?

Não! Como dito, tudo irá depender do gosto de cada um. O que ocorre é que, em modelos mais baratos, a diferença entre ambos os tipos tende a ser berrante. Se o passivo preserva o som natural, o ativo e suas variadas regulagens de som podem decepcionar pela má qualidade saindo dos falantes.
Em termos de versatilidade e ganho, alguns baixos ativos são muito superiores. Porém, o pessoal confunde volume com qualidade”, finaliza o luthier.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

StickBug: um incrível e versátil stick bass!


Por Henrique Inglez de Souza

Viajar costuma ser uma grande questão para a maioria dos músicos, por conta de transportar seus equipamentos. E isso se complica conforme o tamanho e a delicadeza do instrumento. Porém, o novo stick bass da Mendes Luthieria dribla esse entrave e se mostra uma ótima alternativa.
Lançado na feira Music Show Experience 2018, o StickBug vem nas versões II e IV. Produzidos com madeira brasileira, cada qual divide qualidades e apresenta peculiaridades. São aspectos que otimizam não somente o transporte e o manuseio, mas proporcionam um som deliciosamente bom.
Em linhas gerais, ambos têm design único e inédito, com escala confortável de 32 polegadas e dimensões reduzidas. “Há ainda tensor ajustável, controle de volume e captação Mendes TonePoint, desenvolvida exclusivamente”, acrescenta o luthier Jean Mendes. “É impressionante a sonoridade que conseguimos com esse contrabaixo, que praticamente não tem massa, corpo!”

Versões
O StickBug II e o StickBug IV diferem no número de cordas: o primeiro com 2 e o segundo, com 4 cordas. Eles ainda podem ser produzidos com ou sem trastes. Nos modelos com trastes, a escala é de imbuia e nos fretless, de jatobá.

Captação
O StickBug II usa captador Mendes TonePoint 22 e o StickBug IV, Mendes TonePoint 40. “Há diferença no diâmetro dos captadores: cada capsula tem 22 mm e 40 mm, respectivamente”, diz Jean Mendes.


Extremamente leve
O peso do StickBug chama a atenção. A versão StickBug II pesa 1,3 kg, enquanto que o StickBug IV pesa 1,5 kg. “São modelos assustadoramente leves”, empolga-se o luthier.

Ineditismo
Quando se pensa num stick bass com qualidade no som e que favorece a praticidade na hora de transportá-lo, temos duas ótimas opções. Os StickBug II e IV são inovadores e perfeitos para viajar. “São uma solução para profissionais e amadores. Fizemos contrabaixos de pouco mais de 1 m, pesando pouco mais de 1 kg”, finaliza Jean Mendes.

Especificações técnicas

Corpo/braço: marupá (braço inteiriço)
Braço: marupá (tensor ajustável)
Comprimento da escala: 32”
Escala: imbuia (com trastes) e jatobá (fretless)
Raio da escala: 20”
Traste: fino – Sanko (19 trastes)
Ponte: polímero exclusivo
Espaçamento de cordas: 18 mm
Nut: 34 mm
Tarraxas: pretas
Captação: Mendes TonePoint (passiva)
Acabamento: Verniz fosco de poliuretano
Peso: 1,3 kg (StickBug II) e 1,5 kg (StickBug IV)
Controle de volume
Acompanha gigbag exclusiva

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

LAM Bass: um novo conceito de construção e design


                                                                                                                                         Por Henrique Inglez de Souza

Uma novidade extremamente ergonômica – é assim que dá para resumir as variadas características do LAM Bass. A Mendes Luthieria mostra que não está para brincadeira nem repetição. O baixo esbanja inovação e ousadia.
Essas qualidades refletem-se em cada detalhe. A construção, por exemplo, é feita a partir de lâminas de madeira. São dispostas em camadas, compondo um molde prensado. Além disso, a curvatura do eixo é "retorcida" na diagonal do corpo, tanto na parte de trás quanto na da frente – não se trata de um corpo côncavo. É descentralizado, o que favorece uma maior liberdade para a abordagem.
“Há um encaixe de corpo bem natural. O LAM Bass “veste” com mais facilidade! Fica mais fácil de tocar”, diz o luthier Jean Mendes. “É um modelo extremamente leve – acredito que, na média, o mais leve que já projetamos.”
O headstock também carrega ares de ousadia, com tarraxas distribuídas em 1+3. Muito mais do que um traço de elegância, a disposição proporciona mais firmeza à corda grave. “Há um deslocamento e um comprimento maiores de corda”, explica Jean.
O LAM Bass foi oficialmente apresentado ao público durante a Music Show Experience 2018, realizada entre 19 e 22 de setembro, no São Paulo Expo (São Paulo/SP).

Shape
Com o shape mais orgânico do LAM Bass, a "distância" ao corpo do músico acaba sendo reduzida. Também serve para melhorar a curvatura, de modo a proporcionar mais conforto na hora de tocar. “Não tem nada a ver com compensado. É laminado!”, ressalta Jean Mendes.

Revolucionar a pegada
A cereja do bolo no LAM Bass é o Ergoneck System, um sistema de construção da escala que apresenta curvatura diferenciada e exclusiva. Desenvolvido pela Mendes Luthieria, o recurso torna a digitação precisa, suave e mais leve – sim, a musculatura das mãos é menos exigida!
“O raio da escala é inclinado para a frente. Ou seja, a escala é mais fina na parte aguda e vai engrossando até a parte grave”, explica o luthier. “Sua pegada fica mais natural do que numa escala convencional. Há um conforto maior, e você economiza energia. As cordas graves permanecem mais firmes, pois ganham mais tensão.”

Especificações técnicas

LAM Bass
Corpo: Cedro rosa/marupá (laminado)
Braço (parafusado, com tensor): 5 peças (marupá/jatobá)
Comprimento da escala: 34”
Escala: Imbuia (Ergoneck System)
Raio da escala: 20”
Trastes: Jumbo (24 trastes)
Ponte: Mendes Style do tipo true body (madeira)
Espaçamento de cordas: 19 mm
Nut: 38 mm
Tarraxas: Black
Captação: Mendes SB Set (passivo), com hum-cancelling
Pré-amp: Mendes Original Master 3EQ (9V)
Opcional: pré-amp Mendes Original Master Velvet
Opcional: Mendes DI
Opcional: captação DualTone
Acabamentos: Poliuretano de alto brilho (corpo) e verniz fosco de poliuretano (braço)

terça-feira, 12 de junho de 2018

Qual é o baixo ideal para quem quer começar a tocar?

Como escolher o seu primeiro contrabaixo?
Esta é uma dúvida muito comum para baixistas iniciantes.
Saber qual instrumento comprar? De que modelo? De quantas cordas? Qual marca escolher? Comprar um baixo usado ou novo?
Muitas são as dúvidas que surgem no processo de aquisição do seu primeiro instrumento e foi pensando em pessoas como você que nós da Mendes Luthieria resolvemos criar este post.
Uma boa dica é definir qual é o valor disponível para fazer este investimento pois, tendo este valor, ficará mais fácil começar a filtrar as possibilidades existentes no mercado.
Outra dica é adquirir o seu primeiro contrabaixo na versão de 4 cordas.
Recomendamos a compra de instrumento novo: os baixos novos possuem garantia do fabricante enquanto baixos usados normalmente não possuem e se você está adquirindo seu primeiro contrabaixo e não possui muito conhecimento específico sobre o instrumento, adquirir um baixo usado pode evitar surpresas!
Quanto ao modelo, o ideal é conhecer que tipo de som você deseja tocar pois cada modelo de baixo possui um tipo de timbre!
Um baixo muito versátil para quem está começando e que nós indicamos para músicos iniciantes é o baixo modelo Jazz Bass.
Existem diversas marcas deste modelo no mercado e em duas versões: passivo ou ativo. Na versão passivo, o baixo possui apenas os controles de volume e tone. Já na versão ativo, o baixo possui um circuito preamp com equalizador que pode ser de 2 ou 3 bandas.
Você pode adquirir o baixo modelo Jazz Bass de acordo com a definição do valor, o acabamento e o tipo (ativo/passivo). Quanto a marca, exitem várias, nacionais e importadas, e a nossa sugestão é que, antes de decidir qual marca comprar, você pesquise a reputação da marca no mercado!
E a nossa maior dica está aqui!
Seja qual for a marca e a versão do baixo que você adquirir, nós da Mendes Luthieria temos a solução ideal para você conquistar o timbre que você deseja para o seu primeiro baixo: o Preamp Mendes Original Master.
Temos uma linha de circuitos que vai te surpreender seja qual for a marca (SX, Squier, Tagima, Dolphin, Gianinni...) e o modelo (ativo ou passivo) de baixo que você escolher!
Conheça toda nossa linha de preamp. Acesse nosso loja: www.mendesluthieria.store
Dê liberdade para seu talento! Use nossos circuitos.
Surpreenda-se.
Mendes Luthieria mudando o timbre do Brasil!